Com um repertório poético e de impacto social, o trabalho de Carmen Barudi na região de Tríplice Fronteira traz para o palco principal as mulheres que a história da guerra entre nossos países apagou. No contexto social no Paraguai, onde a população masculina foi praticamente dizimada em combates, os meninos que restaram passaram a ser tratados como um bem precioso pelas mulheres. Elas, subjugadas pelos costumes e culturas tão enraizadas em seu cotidiano, continuaram com o seu papel servil nessa reconstrução, o que não lhes permitia a oportunidade de se expressarem através de produções. Contudo, trabalhos existem, e pessoas como a escritora em questão, através de relatos de familiares, viagens de exploração e conhecimento acumulado, conseguem trazer à luz essas vozes não ouvidas.
Carmen Barudi é natural de Foz do Iguaçu, Paraná, mas estudou no Paraguai, país de origem de grande parte da sua família. Em 2001, aos 17 anos, recebeu o Prêmio Cataratas de Contos e Poesias – categoria Poeta Revelação de Foz do Iguaçu. É formada em Letras Português / Espanhol, e é especialista em Linguagem, Cultura e Ensino. Em 4 de outubro de 2006, já cursando Letras, fundou o Grupo Gauche de Literatura, que preside ainda hoje; e em 2008 criou o fanzine literário Quixote, do qual é editora-chefe e que conta com participações de diversos escritores, poetas, ilustradores e profissionais da área. É membro da Academia de Letras de Foz do Iguaçu – Alefi, onde é diretora de eventos na instituição. Traduziu o livro “Raias da Alma”, de sua colega de instituição, a veterana Mapê Carneiro, para o espanhol. Com publicações em blogs e outros fanzines e revistas literárias, destaca-se sua participação na antologia “Mosaico”, da Alefi, em 2014. Em 2015, publica seu primeiro livro de poesias “Vozes da minha janela”, e em 2019 lança seu projeto de pesquisa em formato de livro, O Protagonismo Feminino na História do Paraguai refletido nas canções folclóricas.
Serviço:
DATA E HORÁRIO: | LOCAL: ENDEREÇO: INGRESSOS: SAC SESC FOZ DO IGUAÇU
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